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SAÚDE DA MULHER
HPV (Papiloma Vírus Humano)
O que é?
A sigla HPV significa papilomavírus humano e vem do inglês Human Papiloma Virus. É um vírus que pode ser transmitido pela via sexual ou pelo contato direto com a pele e possui mais de 200 subtipos diferentes.
Cada um desses subtipos recebe o nome de um número (HPV-11, HPV-18, etc). Os tipos que mais causam o aparecimento desses tumores são os tipos 16 e 18.
A sua importância está no fato dele possuir a capacidade de promover o surgimento de câncer nas mulheres e nos homens. Comprovadamente, sabemos que o HPV está diretamente relacionado a pelo menos 7 tipos de câceres: colo de útero, pênis, vulva, vagina, ânus, boca e garganta. No caso do câncer do colo do útero, o HPV está relacionado a 99,7% de todos os casos.
Com relação aos outros tipos de cânceres, estão relacionados à infecção pelo HPV: 93% dos cânceres de ânus, 60% dos cânceres de vulva, 50% dos cânceres de vagina e 50% dos cânceres de pênis.
A infecção pelo HPV normalmente causa o aparecimento de verrugas de tamanhos variáveis. Na mulher, as lesões surgem com mais frequência na vagina, vulva, região do ânus e colo do útero. No homem, é mais comum aparecer na cabeça do pênis (glande) e na região do ânus.
As alterações também podem aparecer na boca e na garganta. Uma vez infectado, tanto o homem quanto a mulher serão portadores do vírus para vida inteira e poderão permanecer longos períodos sem apresentar nenhum sintoma.
É importante frisar que nem toda infecção causada pelo HPV leva à formação de um tumor maligno. Dentre os mais de 200 subtipos de HPV, alguns são considerados mais perigosos, como os subtipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59 e 68, enquanto outros são menos agressivos, com menos possibilidade de transformação maligna, como os subtipos 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73 e 81.
Os subtipos 1, 2, 4, 26, 27, 29, 41, 57, 65 e 75 a 78 costumam causar as verrugas comuns de pele.
Os subtipos 3, 10, 27, 28, 38, 41 e 49 também provocam verrugas na pele, mas são geralmente as chamadas verrugas planas.
Os subtipos 1, 2, 4, 60, 63 provocam as verrugas nas plantas dos pés.
Os subtipos subtipos 1 a 6, 10, 11, 16, 18, 30, 31, 33, 35, 39 a 45, 51 a 59, 70 e 83 podem provocar verrugas genitais ou anais (condiloma acuminado). Obs: 90% dos casos de verrugas genitais são provocados pelos subtipos 6 e 11.
Como ocorre a sua transmissão?
Os HPVs que provocam as verrugas comuns são normalmente contraídos quando existem pequenas lesões na pele, como cortes ou arranhões, que permitem a invasão do vírus para dentro do organismo. A transmissão é feita, portanto, através do contato de pele com pele.
Os subtipos de HPV que provocam as verrugas na pele não possuem relação com os cânceres que ocorrem nas mucosas da vagina, do ânus e do colo do útero (eles não têm a capacidade de infectar estas regiões). O oposto também é verdadeiro, já que os subtipos que habitualmente provocam lesões nas mucosas não costumam atacar a pele. As exceções são os subtipos HPV-1, HPV-2 e HPV-4, que podem provocar verrugas tanto na pele quanto nas mucosas.
O contágio das mucosas da vagina, vulva, ânus, pênis e colo do útero ocorre, principalmente, através da via sexual. Muitos não sabem, mas a infecção pelo HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, muito mais frequente que AIDS, gonorreia, sífilis ou qualquer outra DST.
A transmissão do HPV através do sexo oral também é possível, porém bem menos comum do que a transmissão através do sexo vaginal ou anal. Alguns casos de câncer da orofaringe, laringe e esôfago estão relacionados a este tipo de contaminação.
Exceto pelo compartilhamento de objetos sexuais, a transmissão do HPV através de toalhas, roupa de cama ou roupas íntimas, não costuma ocorrer.
Não se pega HPV em banheiros públicos, piscina, sauna ou praia.
Como é feito o seu diagnóstico?
Nos casos das verrugas de pele ou genitais, o diagnóstico do HPV é clínico, através de um simples exame físico realizado pelo médico. Para se chegar a uma conclusão, basta identificar a presença das verrugas, sem que seja necessária a realização de outro testes. No caso das verrugas genitais, apesar do diagnóstico do HPV ser óbvio, é importante pesquisar outras DSTs devido ao fato de ser muito comum que uma pessoa tenha mais de uma doença ao mesmo tempo.
Os HPV-16 e HPV-18 são os mais relacionados ao câncer do colo do útero e não costumam provocar nenhum sintoma. A imensa maioria das mulheres contaminadas com HPV nem sequer desconfia que tenha o vírus.
Pior esse motivo, o diagnóstico do HPV no colo do útero é um pouco mais complexo. Além disso, nem sempre os achados de um exame de lâmina ou de uma biópsia são suficientes para fazer o diagnóstico da infecção.
Nesse caso, o diagnóstico de certeza só é possível ser dado através da realização de um exame chamado Captura Híbrida. A Captura Híbrida consiste em colher uma pequena quantidade de secreção do colo do útero ou da vagina e enviar para o laboratório pesquisar na amostra a presença do DNA do vírus. Esse exame consegue confirmar não só a presença do vírus, como também é capaz de informar qual subtipo está sendo responsável pelo surgimento da lesão.
Como se trata?
Felizmente, cerca de 90% das infecções pelo HPV curam-se espontaneamente dentro de 1 ou 2 anos.
Não existe medicamento que consiga matar o vírus. O tratamento baseia-se exclusivamente na eliminação da lesão.
Na maioria dos casos, a verruga genital é um problema estritamente estético (o risco de evolução para câncer é baixo). O tratamento é voltado apenas para a remoção das mesma e pode ser feito através de cauterização ou utilização de ácidos.
A retirada da verruga, no entanto, não significa que o vírus tenha sido eliminado do organismo. A paciente fica livre da verruga mas continua infectada pelo HPV e pode desenvolver novas verrugas no futuro. Ou seja, se a paciente optar por esse tratamento, é importante lembrar que ele age apenas contra as verrugas, não tendo efeito sobre a presença do vírus no organismo. Por isso, a taxa de recorrência das verrugas genitais chega a ser em torno de 30% dentro do período de 1 ano.
Em geral, o objetivo é ir tratando as verrugas até que o organismo do paciente consiga eliminar o HPV definitivamente. Em alguns casos isso ocorre, em outros não. Depende do grau de competência do sistema imunológico de cada um.
No caso do colo do útero (neoplasias intraepiteliais cervicais - NIC), quando uma lesão é identificada, o ginecologista realiza a sua remoção através de um procedimento cirúrgico chamado CAF. Da mesma forma, isso não significa que a paciente ficou curada do HPV. Se ela permanecer infectada, novas lesões pré-malignas poderão surgir ao longo dos anos.
Prevenção
Apesar de ser uma importante medida de prevenção, a camisinha não é 100% eficaz contra a transmissão do HPV. Isso ocorre porque o vírus pode estar presente em áreas da genitália que não ficam cobertas pelo preservativo.
Para haver real prevenção da infecção pelo vírus, a melhor opção é a vacina. Existem duas vacinas contra o HPV, uma que se chama bivalente e protege contra os subtipos 16 e 18 (os mais perigosos para o câncer de colo do útero), e outra chamada quadrivalente e protege contra os subtipos 16, 18, 6 e 11 (eficaz contra o câncer do colo do útero e contra as verrugas genitais).
As vacinas contra HPV apresentam taxas de sucesso acima de 95%, principalmente quando administradas em garotas que ainda não começaram a sua vida sexual e, portanto, nunca tiveram contato com o vírus HPV.
Apesar da frequêntes campanhas que tentam desqualificar a importância da vacinação, o fato é que a vacina contra o HPV apresenta sólida base científica, tanto na questão da eficácia quanto na questão da sua segurança.
Em de 2014, o Ministério da Saúde lançou a vacinação contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina que está sendo adotada é a quadrivalente, que confere proteção contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. O esquema de vacinação será o estendido, ou seja, 1º dose a partir de março de 2014, 2º dose seis meses depois, e 3º dose cinco anos após a 1º dose.
Atualmente, a vacina está sendo ofertada gratuitamente para adolescentes de 9 a 13 anos, nas unidades básicas de saúde e em escolas públicas e privadas.
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