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SAÚDE DA MULHER

Endometriose

O que é?

 

Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero. Endométrio é a camada interna do útero que é renovada mensalmente após a menstruação.

 

Onde se localiza?

 

Os locais mais comuns da endometriose são: fundo de saco de douglas (atrás do útero), septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis.

 

Quais os sintomas?

 

Os principais sintomas da endometriose são dor e infertilidade. Aproximadamente 20% das mulheres tem apenas dor, 60% tem dor e infertilidade e 20% apenas infertilidade.

 

A dor da endometriose pode se apresentar sob a forma de cólica menstrual intensa, dor abdominal à relação sexual, dor intestinal na época das menstruações. Pode também ocorrer uma mistura destes sintomas.

 

Quais as causas?

 

Há diversas teorias sobre as causas da endometriose. A principal delas é que, durante a menstruação, células do endométrio (camada interna do útero) sejam enviadas através das trompas para dentro do abdômen.

 

Também existem evidências que sugerem ser uma doença genética. Outras sugerem ser uma doença do sistema de defesa. Mesmo assim, sabe-se que as células do endométrio, apesar de poderem ser encontradas no líquido existente em volta do útero de uma grande parte das mulheres, somente algumas delas desenvolverão a doença. Estima-se que 6 a 7 % das mulheres tenham endometriose.

 

Como se faz o diagnóstico?

 

O diagnóstico de suspeita da endometriose é feito através da história clínica, ultrasnografia endovaginal, exame ginecológico e marcadores bioquímicos (exames de laboratório). Atenção especial deve ser dada ao exame de toque, fundamental no diagnóstico da endometriose profunda.

 

Outros exames que também podem ser necessários realizar são a ressonância magnética da pelve, mais indicado para o diagnóstico da endometriose profunda.

 

A certeza, porém, só pode ser dada através do exame anatomopatológico da lesão, ou biópsia. Esta pode ser feita através de cirurgia convencional (laparotomia), ou, preferivelmente, mediante a realização da cirurgia laparoscópica.

 

Laparoscopia é um procedimento onde se examina e se manipula da cavidade abdominal através de instrumentos de ótica e/ou vídeo, além de instrumentos cirúrgicos delicados que são introduzidos por meio de pequenos orifícios feitos no abdome. Para tanto, é necessário que a paciente receba anestesia geral.

 

No entanto, hoje, com evidências clínicas suficientes, os médicos podem instalar tratamentos mesmo sem a laparoscopia.

 

Como se trata?

 

Atualmente não há cura para a endometriose. No entanto a dor e os sintomas dessa doença podem ser diminuídos.

 

As principais metas do tratamento são:

 

  • Aliviar ou reduzir a dor

  • Diminuir o tamanho dos implantes

  • Reverter ou limitar a progressão da doença

  • Preservar ou restaurar a fertilidade

  • Evitar ou adiar a recorrência da doença

 

O tratamento clínico nas formas brandas e em mulheres que não pretendem engravidar pode ser feito com anticoncepcionais orais ou injetáveis. Há um certo consenso entre os estudiosos de que o pior a fazer é não fazer nada já que a doença pode ser evolutiva. Varias drogas tem sido usadas danazol, lupron, synarel, zoladex, depo-provera, e neo-decapeptil.

 

O tratamento cirúrgico pode ser feito com laparotomia ou laparoscopia. Nestes casos, os implantes de endometriose são destruídos por coagulação à laser, vaporização de alta freqüência, ou bisturi elétrico.

 

A decisão cirúrgica é importante. A maior parte dos sucessos terapêuticos ocorrem após uma primeira cirurgia bem planejada. Cirurgias repetidas são desaconselhadas pois aumentam a chance de aderências peritoneais tão prejudiciais como a própria doença.

 

Nas mulheres que pretendem engravidar, o tratamento pode ser feito com cirurgia e depois tratamento hormonal, ou tratamento hormonal e depois cirurgia. No entanto, trabalhos atuais, mostram que nas mulheres com endometriose e que não conseguem engravidar, a melhor alternativa é a fertilização in vitro, já que a presença da doença não afeta as taxas de gravidez quando este método é escolhido.

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